sexta-feira, 10 de março de 2017

10/03/2017

Hoje experimentei a andar num baloiço no parque onde costumo fazer alguns exercícios e comer a minha marmita. Ao longe ouço uma senhora a falar e penso que disse "então, mas isso é p'ra partir?". Fui só andar um pouquinho. Provavelmente aquela senhora - e muitas outras - não sabem o que não é poder viver a sua infância toda em pleno pelo simples facto de não poder andar de baloiço porque é gorda. Não sabe o que é estar num parque com os seus colegas, aos sete anos, e eles poderem andar de baloiço e ela não porque ou é muito pesada ou não consegue porque o baloiço é tão pequeno que as correntes apertam na zona das pernas e magoam. Andar de baloiço era das coisas que eu mais gostava, quando eu ia a um parque infantil queria tanto o baloiço. Quando criança pequenina, quando ia com os meus colegas e educadoras do infantário a um parque infantil, todos queriam andar de baloiço, eu poucas vezes andei porque tinha pouca agilidade e sempre com medo de cair para andar naqueles baloiços em "jeito" de cesto. O que se sente ao andar nessa diversão é fantástico, liberdade, sentir que se está a voar e saber que, ao agarrar-se bem é algo seguro, que só se vai parar ao chão se não se agarrar bem ou se, simplesmente, abrandar o ritmo do balanço, ter vertigens mas não temer essas alturas ao que o baloiço levava. As pessoas simplesmente não compreendem. Fazem estruturas para pessoas com deficiências motoras, por que não criar estruturas de diversão e apoio para quem é diferente a nível de peso? Falam apenas na discriminação em relação às deficiências, e em relação ao peso? Ficam aqui as questões.


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